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quarta-feira, 25 de abril de 2007

As brasas

É no que dá ir pescar. Refiro-me ao Evangelho do domingo passado.
Passados os dias do primeiro espanto sobre a Ressurreição os discípulos foram pescar. Com Pedro ao timão. Em boa verdade, creio, ainda atarantados. Conhecedores da arte pareciam-se mais a marinheiros de água doce.
Não pescaram nada.
Na praia um desconhecido manda que pesquem para outro lado. (Mas não haviam já tentado também aquele? ). E enquanto lançam as redes a praia vai-se aquecendo porque brasas aali se acenderam. E há também um peixe saboroso pronto a ser repartido.
Ah, as brasas!
Como falta, por vezes, o calor nas igrejas e nas orlas das nossas comunidades. Calor humano que aqueça, calor ainda desconhecido que alente desanimados. Calor que aconchegue os cansados. Calor que retempere da labuta.
O Desconhecido, o Senhor, sabe que não há pesca sem brasas no fim. Não há missão sem brasas!